PORQUE DEUS AMOU O MUNDO DE TAL MANEIRA QUE DEU O SEU FILHO UNIGÊNITO PARA QUE TODO AQUELE QUE NELE CRER NÃO PEREÇA MAIS TENHA A VIDA ETERNA...
CRER TAMBÉM É PENSAR !!!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

PÁSCOA: MITO, CUMPRIMENTO E PÓS-MODERNIDADE

O Cristianismo dá sabor à vida. Dez homens justos teriam salvo Sodoma da destruição. No princípio do século XVIII a Inglaterra esteve à beira da revolução e da ruína. A moralidade tinha-se corrompido em todas as classes sociais e os reflexos da Revolução Francesa quase se precipitavam sobre as Ilhas Britânicas. Não foram as Forças Armadas, nem os estadistas que salvaram a Inglaterra; foi John Wesley, o apaixonado evangelista, cuja pregação comoveu os homens e os fez voltar a Deus e à vida mais pura – H. H. Muirhead.

      Em nossos dias, o Cristianismo tem se diluído numa porção mágica e aquosa de tradições e lendas onde sua autenticidade original foi conspurcada pelo irremediável caminho das afetuosas, mas, perigosas inserções pagãs, culturais e seculares. Pensando na Páscoa, não poderia ser diferente.
     A mitologia e o paganismo existentes convivem com os dois elementos presentes na Páscoa: o ovo e o coelho. Na tradição cristã, José de Arimatéia, quando tirou Jesus da cruz, teria sido beneficiado com um milagre: quando voltou para casa, os ovos postos por sua galinha tinham ficado coloridos. Quanto ao coelho, símbolo da fertilidade entre egípcios, além de ser um procriador exemplar, se constitui no guarda dos ovos coloridos. Daí, não foi preciso mais que um passo para colocar esses dois elementos juntos na Páscoa.
     Por outro lado, conforme Êxodo 12:1-28 temos a descrição bíblica autêntica, daquilo que os judeus chamam de Pessach, cujos elementos simbólicos preconizam uma autêntica realidade espiritual libertadora. Inserida nas grandes festas de peregrinação, a Páscoa Judaica, apontava para a vinda do Messias que espiritualmente iria libertar o seu povo, conforme Mateus 1:21 e Lucas 1:78-80.
     O cordeiro sem defeito imolado à tarde, os pães asmos, as ervas amargas, os lombos cingidos, as sandálias nos pés e o cajado na mão, mostravam a iminência de um fato novo por ocorrer: o Anjo da Morte estaria por penitenciar todas as famílias pagãs com o súbito desaparecimento dos seus primogênitos.
     No clima do cântico do Hallel, Salmos 113 a 118, sorviam seus cálices de vinho, assentindo em seus corações a simbologia de um passado amargo no Egito e de uma libertação futura na realidade do aparecimento do Messias.
     O cumprimento veio com o Advento de Cristo Jesus, nosso Cordeiro Pascal. Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, conforme o cordeiro pascal foi crucificado e morto à tarde, levando sobre si todo o pecado e sofrimento humanos, para no primeiro dia da semana (domingo) ressuscitar vivo e glorioso.
     Ao abordarmos a realidade dos fatos referentes à Páscoa, o que aponta para a pós-modernidade é o fato que Jesus é o nosso Pão da Vida, pão da comunhão que nos convida a comungar com Deus na celebração da nova realidade, tendo em seu conteúdo uma nova dimensão de valores. Na versão paulina da Ceia do Senhor, o cordeiro pascal deve sempre ser lembrado nos elementos simbólicos do pão e do vinho, em memória dele (Jesus), até que Ele venha buscar definitivamente a sua Igreja (1 Coríntios 11:26).
     Muito embora a mídia e o apetite da compra tenham transformado esse fato espiritual num momento mais apropriado para o consumismo, devemos recorrer à fé no cordeiro pascal, fazendo brotar a esperança de uma realidade de Deus em nosso aqui e agora.
     Os valores humanos podem estar mudados, a religião pode ter sido descacterizada pelo abuso do uso excessivo do sagrado, onde falam mais alto os usos e costumes e a fé pode ter sido materializada em padrão de vida imposta pela cultura que redimensiona a nossa maneira de ver Deus, mas uma coisa é certamente verdadeira: Deus está sempre nos convidando a uma volta aos Seus cuidados. Por assim dizer, é bom entendermos que Páscoa também é milagre, é reconciliação, é volta a Deus, é perdão, é reencontro do homem prisioneiro de seus próprios erros e pecados com o Deus libertador.

Páscoa, finalmente é Vida!
Rev. Manoel Peres Sobrinho
Colaborador do Blog Brasil com Jesus

0 comentários:

Postar um comentário