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terça-feira, 19 de abril de 2011

O SANTO NOME DO PAI

     Em seu livro “O Desígnio de Deus”, a teóloga protestante alemã Suzanne de Dietrich declara que “o nome desempenha importante papel na tradição bíblica, aliás, em toda a antigüidade. É revelador de pessoas. Aquele que conhece o nome de uma pessoa ou de uma coisa tem poder sobre ela. Por isso o nome de Deus é oculto. Por isso também um nome novo será dado aos eleitos por ocasião da nova criação, um nome que ninguém conhece.” p. 19.

     John Stott, em sua obra “A Mensagem do Sermão do Monte” comentando o “Pai Nosso”, assim se expressa: “O nome de Deus não é uma combinação das letras D, E, U e S. O nome representa a pessoa que o usa, o seu caráter e a sua atividade. Portanto, o „nome‟ de Deus é o próprio Deus, como ele é em si mesmo e se tem revelado. Seu nome já é „santo‟, portanto, é separado e exaltado acima de qualquer outro nome.” p. 150-151.

     Quando Jesus nos ensina, na Oração Dominical que devemos santificar o nome de Deus, esta é uma forma positiva de relembrar o que nos exige o terceiro mandamento da Lei do Senhor, ou o Decálogo: “Não tomará o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar em vão o nome do Senhor seu Deus” Dt 20:7.

     Curioso, ainda, é que em toda a Bíblia, Deus se revela de muitas maneiras, deixando transparecer, pelos seus “nomes”, a si atribuídos, aspectos de sua Pessoa. Na somatória desses “nomes”, temos a síntese do caráter divino. Por eles, sabemos quem é Deus, como age e reage sobre a História do Mundo e o destino dos homens.

     Por outro lado, „os nomes usados para referir-se a Deus dão alguma indicação de seu caráter” (GILES, J. E. “Bases Biblicas de la Etica”, p. 26-27).

Vamos agora ver alguns desses nomes:

     “Elohim”. “Esta palavra é usada nos primeiros capítulos do Gênesis e aparece no Velho Testamento mais de 2.500 vezes. Basicamente tem o sentido de “poder” e “força”. Este poder de Deus significa sua fidelidade para cumprir o que tem prometido. O salmista confia em seu Deus “Elohim”, porque sendo Deus de poder sem limites é Deus de confiança. A terminação “him” de “Elohim” é o plural na língua hebraica, significando aqui o plural majestático. Infere-se desta palavra a participação do Deus triuno. Assim temos o poder da Trindade agindo no ato da Criação, Gn 1:1 (“No princípio criou Elohim os céus e a terra”), bem como a confiança que os crentes podem ter num Deus assim, Salmo 91:1-2 ( “O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: Meu refúgio, em quem confio”).

     “Yahveh”. Esta palavra é a mais usada no Velho Testamento e indica Deus como o eterno, imutável que nunca pode ser outra coisa. Yahveh é reto e exige retidão dos homens. No Salmo 11, versículo 7, temos a seguinte expressão: “Porque Yahveh é justo, ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão a face.”

     “Adonai”. Significa “Senhor”, implicando ao homem a absoluta obediência que ele deve render a Deus. Os escravos usavam esta palavra em referência aos seus amos que tinham direito de vida e morte sobre eles.

     “El Shaddai”. É o Deus Todo Poderoso e todo suficiente para suprir todas as necessidades dos homens. Infelizmente, muitos evangélicos têm abusado deste nome, talvez por ser sonoro e atraente, colocando-o em lanchonetes, livrarias, lojas, e até em oficinas. Acredito ser isso um abuso pecaminoso por parte dos crentes. Seria bom lembrar que não podemos tomar o Nome de Deus em vão. Vamos ser criativos, mas, sem atentar contra a santidade de Deus e a banalização do seu Nome.

     “Yahveh Tsebaoth”. Significa “o Senhor dos Exércitos”, ou “O Eterno dos Exércitos”. É aquele que comanda todos os exércitos dos céus e da terra e contra a sua força não há poder que resista.
Diante de tanto poder e soberania, ao adorador só cabe o sentimento de temor reverencial, acatamento e a profunda humildade ao reconhecer a sua insignificância diante de tanta majestade.

     Por outro lado, é bom não esquecermos que é a esse Deus maravilhoso e “totalmente outro” que Jesus nos ensina a chamá-lo de “Pai”. Ter como pai alguém como o nosso Deus é a maior das dádivas de toda a história da nossa vida. É exatamente por isso que Jesus nos recomenda sempre a expansão ilimitada da nossa fé, bem como, o exercício permanente de nossa voluntariosa comunhão com Deus, através da oração, da qual a oração do “Pai Nosso” é modelo.

     Se conhecemos a Deus, o nosso Pai, como Jesus conhecia, então, poderemos dizer como o apóstolo Paulo o fez: “Tanto sei estar humilhado, como também ser honrado; de tudo e em toda as circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura, como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece” Filipenses 4:12-13.

Rev. Manoel Peres Sobrinho
Colaborador do Blog Brasil com Jesus
Membro da Academia de Letras de Votorantim - SP

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