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sábado, 25 de setembro de 2010

QUANDO SE PERDE A ELEIÇÃO, MAS NÃO O VOTO


Voto não tem preço, tem conseqüências. A. A.
           
     Segundo os dicionários “voto origina-se do latim voluntas e significa vontade”. Por conseqüência, o voto “é a forma legal de escolher quem nos representará politicamente e o alistamento eleitoral é condição indispensável ao exercício da cidadania, já que através dele, o cidadão torna-se eleitor”. Num país em que votar é compulsório, obrigatório e coercitivo, com pena de não poder fazer tramitações oficiais pessoais por conta da sonegação do sufrágio, o povo, no entanto, com sua sabedoria milenar desenvolveu formas e maneiras de boicotar a legitimidade desse ato. E, nesse sentido, não há quem possa brecar essa atitude. Não aprendemos a votar, pois não nos ensinam a fazê-lo. Obrigam-nos, no entanto, a escolher a qualquer custo (legítimo exercício da cidadania?), ou o melhor entre os melhores ou o menos ruim entre o piores. O fato é que com a avalanche de propaganda a que estamos expostos diariamente de forma passiva e sem apelação, não temos qualquer tipo de proteção, principalmente naqueles momentos em que os cabos eleitorais e um exército pago para isso burlam a lei escandalosamente com atitudes ostensivas e degradantes, numa tentativa de arrancar o voto a fórceps, vale tudo na corrida para o tão sonhado cargo público, onde todos os futuros eleitos fazem solene juramento de exercê-lo com a mais correta isenção de sentimentos e a maior probidade de atuação. Além, do mais, o processo eleitoral brasileiro deu margem ao surgimento da terceira via em nosso já tão degradado sistema político. Trata-se do aparecimento daqueles candidatos que expõem de forma aberta a mostrar as vísceras de nossa horrenda situação o quanto ser político, em nosso país, tornou-se uma piada de mau gosto, um entretenimento caro e um prenuncio aos desmandos, às incompatibilidades morais, ao desmazelo com o povo sofrido, à ignorância quanto ao cargo a ser exercido e o descumprimento total de qualquer atitude de cunho sério e de relevância para o povo de uma maneira geral. Essa terceira via, aparece, como uma exposição ridícula, mas não menos verdadeira, da fragilidade de nosso sistema político-eleitoral, que mostra como alguém tão absurdamente ignorante de qualquer tino político-administrativo ou com um mínimo possível de experiência para o cargo pode se candidatar a algo tão importante posição como o representante político. Tudo leva a crer que muitos idiotas serão eleitos, em três de outubro próximo, com uma margem expressiva de votos, mostrando uma idiotice maior do povo que os elege. Nosso sistema permite isso. Mesmo que paladinos de plantão apareçam e queiram com discursos bizarros e encenações dantescas dizer o contrário. Com a imperdoável e encarniçada sugestão da mídia, muitos podem ser levados a votar naquele que se encontra melhor nas pesquisas para “não perder o voto”. Talvez. Mas essa não é toda a verdade.  O voto é um exercício pessoal e intransferível. Não se vota para ganhar uma eleição, sem antes, ser a mais legítima expressão da vontade pessoal. Não tem sentido votar em alguém que não comunga das mesmas idéias só porque, talvez, o candidato preferido não tem chance nas eleições. Isso seria errar duas vezes. Tudo é possível quando se sabe onde se quer chegar, sabendo-se que para aquele que não tem rumo qualquer vento serve, assim, também pode ser aplicado ao nosso país. O voto é vontade. O voto é demonstração de insatisfação com o status quo vigente. O voto é uma opinião pessoal de que aquele em quem se vota tem o apoio, o apreço e a consideração do votante. O voto é uma atitude voluntária e não conduzida pelas circunstâncias. O voto é o exercício da expressão de liberdade de opinião e não uma injunção de grandes trustes da mídia. O voto é a pessoa mesma dizendo: “exerça em meu nome o poder que lhe transfiro como povo”. Mudar uma situação de fato leva tempo e um muito trabalho obsequioso e persistente. A eleição ou mesmo a votação de certo candidato pode ser o começo. Se não neste pleito, quem sabe no próximo. Isso dependerá de quantos votos seu candidato obtiver agora. Vote com a consciência de que está fazendo o melhor. Escolha quem melhor pode honrar sua opinião, mesmo que ser eleito pode ser esperar, ainda, por algumas eleições. Na vida há uma grande diferença entre sofrer derrotas e viver como um derrotado. 

Por Manoel Peres Sobrinho
Colaborador do Blog Brasil com Jesus

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